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GOL E INFRAERO OBRIGAM MULHER DEFICIENTE A SE ARRASTAR POR ESCADA PARA ENTRAR EM AVIÃO.
NÃO HÁ ARGUMENTO, EXPLICAÇÃO, MOTIVO OU PALAVRA PARA JUSTIFICAR TAMANHO DESRESPEITO COM UM SER HUMANO. IMPOSSÍVEL ACEITAR QUE UMA EMPRESA PROVOQUE TAL SITUAÇÃO. ISSO É MAIS DO QUE ESTÚPIDO. É MALDADE.
 
goldeficiente
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São, no mínimo, ridículas as explicações da GOL e da Infraero sobre a situação constrangedora a qual Katya Hemelrijk da Silva, de 38 anos, foi submetida nesta segunda-feira, 1, em Foz do Iguaçu (PR).

Katya é executiva do setor de cosméticos e mãe de dois filhos. Estava acompanhada pelo marido. O casal embarcava para São Paulo, onde mora. A lambança começa com a falta de equipamento correto, no aeroporto, para embarcar uma pessoa que usa cadeira de rodas. Quando não está disponível o ambulift (elevador), o cidadão deve ser transportado pelo finger, aquela rampa acoplada à porta da aeronave. Não havia nenhum dos dois.

A solução encontrada pela empresa foi carregar a passageira nos braços. Ela, sabiamente, recusou. Katya tem osteogenese imperfeita, a chamada síndrome dos ossos de cristal. Obviamente, há um grande perigo em qualquer abraço mais apertado ou movimento mais brusco. Oferecer o colo de um funcionário é uma insanidade, uma demostração de absoluto desconhecimento sobre a condição da passageira e sobre a forma correta de atendê-la.

Esse conjunto de equívocos já é suficiente para criar um desastre, mas os funcionários da empresa aérea permitiram o inacreditável, inimaginável, estarrecedor. Katya foi obrigada a se arrastar pela escada para conseguir entrar no avião. Não há argumento, explicação, motivo ou palavra para justificar tamanho desrespeito com um ser humano. Impossível aceitar que uma empresa e um órgão federal provoquem tal situação. Isso é mais do que estúpido. É maldade.

A GOL afirmou que ofereceu alternativas à passageira, lamentou o ocorrido (deveria comemorar?) e que vai evitar novas situações semelhantes. A Infraero, como sempre, jogou toda a responsabilidade nas costas da companhia aérea.

Fonte: O Estado de São Paulo